terça-feira, 6 de janeiro de 2015

DIFERENÇA ENTRE NIILISMO E EXISTENCIALISMO





Primeiro Ponto: é preciso compreender que os movimentos filosóficos são resultados de uma época. O niilismo e o existencialismo são movimentos típicos do século XX – quando uma série de acontecimentos como guerras, fome, corrupção, desequilíbrio ambiental, totalitarismo, consumismo etc trouxe uma desesperança ao mundo, uma sensação de que não há solução para a humanidade. (segue em mais informações...)

O Niilismo é o homem que diz: “Está vendo, a humanidade não deu certo”. Há um personagem niilista no filme A Excêntrica Família de Antonia chamado Dedo Torto.

Existe uma definição vulgar de que niilismo é não acreditar em nada. Mas, niilismo é uma reação negativa à humanidade, nada que o ser humano faz melhora a sua vida e a vida dos outros. Por isso, não vale a pena nenhum esforço para mudar a humanidade.

O Existencialismo é o homem que diz: “O que eu faço nesse mundo?” Vários filmes tem personagens existencialistas, como Blade Runner ou Despedida em Las Vegas.

As vezes, ocorre uma certa confusão entre niilismo e existencialismo, justamente porque os dois movimentos filosóficos tratam do “SER HUMANO NO MUNDO”.

No entanto, nem sempre a visão existencialista é negativa como a niilista. Por exemplo, o existencialismo de Sartre é positivo. . Ele combate justamente essa visão niilista (desesperança, solidão, melancolia, angústia). Guerras, totalitarismo, consumismo, desigualdades sociais são formas de manipulação do ser humano. Segundo o existencialista nada disso deve existir, são apenas idéias (essências) que prejudicam o ser humano. O que existe (ou deve existir) são escolhas e atitudes responsáveis para melhorar o mundo, pois não há destino, é o ser humano que constrói sua história.

Em síntese: Niilismo e Existencialismo tratam da mesma coisa: o ser humano no mundo; o primeiro tem sempre uma visão “essencialista”, há uma essência negativa na humanidade, o segundo acredita que apesar de todos os problemas o ser humano é capaz de mudar a sua história, desde que entenda sua “existência” no mundo, por mais dolorosa que seja essa experiência.

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