O trecho a seguir foi tirado do livre do Dr. Augusto Jorge Cury que trata de um estudo sobre o funcionamento da mente ajudando a formar novos pensadores e individuos com valores morais e éticos seguindo desde sua formação acadêmica até os meios de trabalho e socialização.
"Nas ciências da cultura, na qual se inclui a Psicologia, a Filosofia, a Educação, a Sociologia etc, não há muitos recursos financeiros para incentivar a formação de pensadores e a expansão das idéias psicossociais, como o têm as ciências naturais, que incluem a computação, a Biologia, a Química, cujas pesquisas resultam em produtos industriais. Se o capital é pequeno nas ciências da cultura, deveria haver, então, um processo de compensação, através da expansão da qualidade dos pensadores pelo uso de procedimentos que estimulam a plasticidade construtiva e a liberdade criativa do conhecimento. Caso contrário, o contraste do desenvolvimento entre as ciências naturais e as ciências da cultura continuará e aumentará. A Física sabe como penetrar nas entranhas do átomo e distinguir as partículas atômicas, tão ocultas aos olhos, e a Psicologia educacional não sabe como prevenir eficientemente a discriminação racial dos negros, tão visível aos olhos, nem como prevenir o uso de drogas que acomete milhões de jovens. Se esse contraste se perpetuar, seremos cada vez mais gigantes na tecnologia e anões na prevenção das doenças psíquicas, psicossomáticas, psicossociais, bem como na expansão do humanismo, da cidadania e da democracia das idéias. Nessa situação, o homem do século XXI, que navegará cada vez mais pelo espaço e pela internet, terá infelizmente cada vez mais dificuldade de navegar para dentro de mesmo, de se interiorizar e de se repensar, de superar seus estímulos estressantes e de falar de si mesmo.
Talvez ele só consiga se interiorizar e falar de si mesmo, como já tem acontecido, quando estiver diante de um psiquiatra ou de um psicoterapeuta."
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